Ontem à noite assistia a um documentário sobre um serial killer que  matou cerca de 48 mulheres.
A  polícia demorou cerca de 20 anos para conseguir desvendar o mistério do  psicopata que atacava suas vítimas à noite e as levava para floresta. 
No final do documentário, fiquei muito impactada com o que vi e ouvi: no  tribunal após o julgamento do maníaco, parentes das vítimas foram  convidados a prestarem depoimentos breves. 
Foram declarações marcantes e tristes vindas de pessoas que choravam e  declaravam em frente ao assassino o quanto era amargo está diante dele  após o ocorrido. Muitos o ofenderam verbalmente, mas entre tantos  testemunhos, especialmente um, causou-me perplexidade e emoção. 
Subiu ao púlpito do tribunal, um senhor com cabelos brancos e barbas compridas. Com serenidade e muita emoção, declarou: 
“O senhor tornou muito difícil fazer algo que Deus nos  mandou fazer em qualquer circunstância. Ele nos ensinou a fazer não  somente com algumas pessoas, mas com todas...Ele nos ensinou a  perdoar....eu te perdoo senhor!”
Quando o psicopata ouviu essas palavras, reagiu impulsivamente, ao ponto  de chorar. Acredito que essa reação não foi motivada por remorso ou  culpa porque os psicopatas são frios e calculistas, provavelmente algum  tipo de sentimento de frustração ocasionou essa reação inesperada.  Afinal de contas, ninguém poderia esperar - nem mesmo ele - palavras  como aquelas.
Enquanto aquele homem falava, eu chorava compulsivamente em frente a  televisão porque tive a certeza naquele instante que ainda existem  pessoas que fazem a diferença nesse mundo tão corrompido, cruel e  insano. 
O óbvio seria ouvir palavras para  denegrir a imagem do maníaco. Seria óbvio sentir todo furor evidenciado  no olhar e desprezo daquelas pessoas, mas algo inusitado ocorreu para  mudar o curso dessa história. 
Quero fazer diferença onde estiver. Não quero ser mais “um” na multidão....
Desejo impactar esse mundo e as pessoas com as quais me relaciono...
Enquanto escrevo essa postagem, lembro imediatamente de uma música  interpretada por Maria Bethânia. Ela traduz exatamente o que sinto ao  escrever essa postagem:
“...e eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho...como sou feliz..eu quero ver feliz quem andar comigo....vem...”
O homem, citado na postagem disse SIM ao mundo  que usualmente diz NÃO.
“...a arte de sorrir...cada vez que o mundo diz não...”
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